PS Poesia depois da chuva, Sebastião da Gama

Depois da chuva o Sol - a graça.
Oh! a terra molhada iluminada!
E os regos de água atravessando a praça
- luz a fluir, num fluir imperceptível quase.

Canta, contente, um pássaro qualquer.
Logo a seguir, nos ramos nus, esvoaça.
O fundo é branco - cal fresquinha no casario da praça.

Guizos, rodas rodando, vozes claras no ar.

Tão alegre este Sol! Há Deus. (Tivera-O eu negado
antes do Sol, não duvidava agora.)
Ó Tarde virgem, Senhora Aparecida! Ó Tarde igual
às manhãs do princípio!

E tu passaste, flor dos olhos pretos que eu admiro.
Grácil, tão grácil!... Pura imagem da Tarde...
Flor levada nas águas, mansamente...

(Fluía a luz, num fluir imperceptível quase...)

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After the rain the sun - grace.
Oh! the wet land lit up!
And the water streams across the square
- light flowing, in an almost imperceptible flow.

A happy bird sings happily.
Soon after, on the bare branches, it flutters.
The background is white - fresh lime in the square's houses.

Bells, wheels spinning, clear voices in the air.

So cheerful is this sun! There is God. (I had denied Him
before the sun, I didn't doubt it now.)
O virgin afternoon, Lady Aparecida! Like afternoon
early mornings!

And you passed, flower of the black eyes that I admire.
Easy, so easy! ... Pure image of the afternoon ...
Flower carried in the waters, gently ...

(The light flowed, in an almost imperceptible flow ...)

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