canção, sebastião da gama

canção

Minha alegria vive.
Qual rubra flor ao Sol,
abre-se toda, pura.
Não sei lá em que ponto
do Tempo e do Espaço
imaculada, inteira,

    ...mas longe do meu braço.

E tempo foi em que eu
passei por onde vive.
Como ela me sorria,
feliz, e me beijava?
Porquê me não detive?
Porque é que eu abalei
de onde a minha Alegria
comigo se casva?
Se a hora não fugia,
porque é de sempre, e o sítio
também, onde ela estava,
Porque é que eu lhes fugi
como se a minha vida
não fosse procurá-los?

Longe, lá não sei onde
no Tempo e no Espaço,
minha Alegria paira.
Etérea paira, linda....
E eu encholho-me, triste,
no fundo da cadeira.
Não sei se chore ou não.
-Que, se eu parasse então
quando passei por ela
e todo me entregasse
ainda viveria
mas ai! já não seria
tão pura e tão inteira,
talvez, minha Alegria.

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song

My joy lives.
Like a red flower in the sun,
it opens up, pure.
I don't know where
of Time and Space
immaculate, whole,

     ... but away from my arm.

And time was when I
I passed by where you live.
As she smiled at me,
happy, and kissed me?
Why didn't I stop?
Why did I shake
where my Joy from
married me?
If the hour did not run away,
because it is always, and the site
also, where she was,
Why did I run away from them
as if my life
were you not looking for them?

Far away, I don't know where
in Time and Space,
my Joy hovers.
Ethereal hovers, beautiful ....
And I cringe, sadly,
at the bottom of the chair.
I don't know whether to cry or not.
-What if I stopped then
when I passed her
and everything gave me
would still live
but then! would no longer be
so pure and so whole,
perhaps, my Joy.

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